HISTORICIDADE E ÉTICA NA REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA E NA GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO

em busca da fundamentalidade

Autores

  • Maria Jose Cavalcante Correia de Lira Faculdade Damas

Palavras-chave:

Reprodução assistida, Direito fundamental à reprodução humana assistida e à gestação de substituição, Infertilidade

Resumo

A reprodução humana sempre despertou a curiosidade dos cientistas, desde os mais antigos pensadores até os cientistas mais modernos. A partir do projeto genoma vislumbrou-se um vasto campo científico nesta área, que experienciou enorme evolução. No Brasil a técnica de reprodução humana assistida tem caminhado a passos largos, devido à dedicação e excelência dos nossos profissionais médicos que buscam cada vez mais o aperfeiçoamento, levando o País a ser considerado referência neste campo do conhecimento. No aspecto jurídico, contudo, o Brasil não tem avançado, e nossa Casa Legislativa ainda não se deu conta de quão urgente é a regulamentação desta técnica, pois não existe lei em sentido estrito que discipline a matéria. O presente trabalho se propõe analisar a existência de um direito fundamental à reprodução humana assistida e à gestação de substituição, tendo em vista o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, visando respaldar a feitura de leis que tragam segurança jurídica para todos os envolvidos com o tema e, também, para a sociedade. Para tanto, traremos os aspectos históricos da reprodução humana assistida, os aspectos normativos da matéria no Brasil e os fatos que a demonstram como direito fundamental, além da conclusão.

Referências

ALVES, Oslania de Fátima e SOUZA, Karla Keila Pereira Caetano. As principais técnicas de reprodução humana assistida. Saúde & Ciência em Ação – Revista Acadêmica do Instituto de Ciências da Saúde. V. 02, n.1, p. 26-37, jan-julho 2016. Disponível em www.revistas.unifan.edu.br. Acessado em 19/08/2021.

BÍBLIA SAGRADA, traduzida por João Ferreira de. 4ª ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.

BRANDÃO, Claudio. Coordenador. Direitos Humanos e Fundamentais em perspectiva. São Paulo: Atlas. 2014.

CARNEIRO-CARVALHO, Andreia Marlise e RODRIGUES, Isilda Teixeira. Infertilidade e inseminação artificial no século XVI. Revista História da Ciência e Ensino. Construindo Interfaces. V. 20 Especial, p.512 – 522, 2019. Disponível em pucsp.br.http://dx.doi.org/1023925/2178-2911.2019v20espp512-522.

DANTAS, Eduardo. Palestra proferida no Iº Congresso pernambucano de reprodução humana assistida. 28/06/21

DUARTE, Jonathan Felipe Laudindo Gomes. RECKZIEGEL, Janaína. Horizontalidade do direitos fundamentais e reprodução humana assistida. Um novo paradigma contratual. Revista direitos Humanos e Democracia. Unijuí, ano 3, n.6, jul-dez, 2015.p 93-116. Disponível em https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia

DWORKIN, Ronald. Uma questão de princípio. Martins Fontes, São Paulo, 2001. Tradução: Luiz Carlos Borges.

KREEL, Olga Jubert Gouveia. O direito fundamental à reprodução assistida no Brasil e suas repercussões na filiação civil: uma abordagem de lege ferenda. Tese (doutorado) Faculdade de Direito do Recife, Universidade Federal de Pernambuco, 2005.

LEÃO, Helena Carneiro. Papel do Cremepe e as questões bioéticas que perpassam as diversas modalidades de reprodução assistidas. Palestra. Iº Congresso Pernambucano de reprodução humana assistida: a relação entre direito e medicina. 29/06/2021, Recife.

LEITE, Tatiana Henriques. Análise crítica sobre a evolução das normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 24 (3):p. 917-928, 2019. Disponível em www.scielo.br. Acesso em 25/08/21.

MEIRELLES, Jussara Maria Leal de e RESENDE, Augusto César Leite de. A proteção do direito fundamental à reprodução assistida no Brasil. Derecho y Cambio Social. 01/01/2015. Disponível em: www.derechoycambiosocial.com.

MIRANDA, Fernanda Eleonora. A infertilidade feminina na pós-modernidade e seus reflexos na subjetividade de uma mulher. Belo Horizonte, MG, 2005. Dissertação (Mestrado em Psicologia), PUC Minas Gerais, Belo Horizonte, p.20-30. 2005.

ORTONA, Concila. De Louise Brown ao inédito transplante de útero de doadora falecida. Revista CREMESP, São Paulo, ed. 87, p. 14-17, abril/maio/junho. 2019. Conselho Regional de Medicina de São Paulo. Disponível em www.cremesp.org.br. Acesso em 05/08/21.

PEREIRA, Dirceu Henrique Mendes. A história da reprodução humana no Brasil. Femina/editorial, vol. 39, nº2, p.59-64, fev. 2011. Disponível em http://files.bvs.br, acesso em 05/08.2021.

PINCOCK, Stephen. Birdth after the preimplantation os a human embryo. Lancet, v.381, may 11, 2013, p.1620. Disponível em www.thelancet.com.

RIBEIRO, Ana Paula Brandão. Resenha da Obra: Uma Questão de princípio (Ronald Dworkin). Portal jurídico Investidura, Florianópolis, SC, 18/out./2008. Disponível em: investidura.com.br/biblioteca-juridica/resenhas/filosofiadodireito/1345. Acesso em 13/03/2022.

Robert Edwards revolucionou a medicina reprodutiva, dizem médicos.https://veja.abril.com.br/saude/robert-edwards-revolucionou-a-medicina-reprodutiva-dizem-medicos/Revista Veja, Caderno Saúde, 04 out 2010

SANTANA, Milena Bassani. Palestra proferida no Iº Congresso pernambucano de reprodução humana assistida. 28/06/21.

SARMENTO, Daniel. Dignidade da pessoa humana: conteúdo, trajetórias e metodologia. Belo Horizonte: Fórum, 2016.

Uterus transplantation from a deceased donor. The Lancert, v.392, December, 22,2018, p.2657-2658. Disponível em www.thelancet.com. Acesso em 24/08/21.

YARAK, Aretha. Robert Edwards revolucionou a medicina reprodutiva, dizem médicos. Revista Veja, Caderno Saúde, 04 out 2010. Disponível em https://veja.abril.com.br. Acesso em: 15 maio 2021.

Downloads

Publicado

2023-08-31

Edição

Seção

Artigos